sábado, 21 de abril de 2012

Lar




Não...minhas tardes não são todas iguais!
Sentada embaixo da figueira,
Paro, penso,
Não há lugar para lamento.

O sol que toca minha face,
O vento que acaricia meus cabelos,
Coroam sempre meus momentos.
Meu tempo!

Tudo é sempre tão único!
Cada precioso segundo.
Imagens simples,
Extensões do meu amor.

E minhas tardes,
Minhas noites
E manhãs
São de lá...
Onde sou um peixinho em seu mar...lar!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Despedida


Cansei de te procurar atrás das portas!
Já, não importa.
Joguei as chaves antigas fora,
A ferrugem queima minhas retinas.
Abro a janela,
Procuro por luz!

A um minuto,
Somente a um minuto me tinhas!
Nesse minuto não mais.
Alguns momentos passados
Não florescem no futuro
São apenas folhas levadas pelo vento...

O cheiro da terra molhada
Vem depois da chuva.
Noites depois dos dias,
Sol e depois a Lua
E minha vida segue...
Desatrelada da tua.

sábado, 14 de abril de 2012

Início em fim


O início é sempre tão bonito!
O nascer,
O desabrochar.
Todos os inícios
Sempre nos afetam,
Marcam,
Demarcam,
Os antes de tantos depois.

O fim é sempre tão triste!
O adeus,
O murchar.
Todos os fins
Sempre nos alertam,
Machucam,
Perturbam,
Os marcos de caminhos
Que não podemos voltar.

Antes do fim
Porém,
Convivemos
Com tantos talvez,
Feitos,
E, agoras!
Tristezas e felicidades
Batendo a nossa porta.

Melhor o meio (quem sabe?),
O recheio!
Que preenche
E que torna o início tão especial
E o fim tão inaceitável.
É nesse espaço
Que as lembranças ficam
E onde a vida se faz eterna.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Meu caminho


A via que escolhi
Me trouxe até aqui!
Caminho simples
De flores,
Dores,
Ventos,
Amores...
Vivi e vivo...assim.

Vi a mim,
Havia você,
Houve um nós?
Não sei. Sim?
Ou apenas...talvez.
O que importa,
Não é somente a letra da música
Mas a escolha das notas.

Sei que continuo ávida,
Impávida,
Outras vezes amedrontada,
Mas, sobretudo apaixonada.
Minhas ruelas,
Minhas cordas,
Tua presença
E mesmo a ausência
Fazem de mim
Quem sou.

Não há vida sem entrega,
Não a via sem meta,
E não existe “eu”
Sem amor.