quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Olhando estrelas


O meu olhar...
Salva-se nas estrelas,
Nesse mar infinito e pontilhado de constelações.
Onde mergulho profundamente
Em minha finitude
E também...amplitude!
Então, o estar distante,
O ser brilhante,
Ou parecer pequeno
São apenas questões de perspectivas...
Ora a minha,
Ora a das estrelas!

Olhando as estrelas
Sussuro os segredos,
Suspiro sem medo
Me salvo,
Guardo os meus sonhos...
Um pouco comigo
E muito com elas.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Semeando





Uma vida
Para tantas escolhas.
Uma vida para tantos
Caminhos.

Virar à direita.
Voltar.
Pegar uma estrada sem rota,
Ou, seguir um plano preciso.

Precisão!
Precisando de bússola...
Coração.

Uma vida
Para muitas possibilidades.
Uma vida
E tantas pessoas que vem e vão.

Então, independente do destino,
Que deixemos flores
Em nossos caminhos.




terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Melancolia


O ar quente não se dissipa
Nem com a garoa fina
Que começa a cair.

Da janela
É possível observar...
Árvores impassíveis,
Nem uma folha fora do lugar.
Os pássaros insistentes
Jamais deixam de cantar.
Sinfonia singela
E, sobretudo sincera.

E este breve lapso de tempo
Com todas essas imagens e sensações
Que absorveram os meus pensamentos
Se perpetua em mim,
Como se eu também fora assim!
Não em um pretérito mais que perfeito,
Mas em cada instante que em que me faço presente.

Ar quente,
Garoa fina,
Sinfonia.
Doce, amarga, agridoce...
Melancolia.

PS:
Link para uma música que sempre me inspira:
http://www.youtube.com/watch?v=3SpoUtxfCC8

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Barquinho de Papel




Um salto no alto,
Um passo no escuro,
Silêncio em melodia,
Lágrimas de alegria.

E o abraço é Sol,
E as nuvens são algodão,
E a vida é simples
É boa...

E as pedras,
E os caminhos,
E as escolhas,
Ferramentas para a construção
De um navegar impreciso...
Mas bonito...bonito!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Rosa púrpura em outros Cairos



Luzes apagadas,
Tela inundada...

Um tango com Al Pacino,
Uma saga com Indiana,
Um vinho com James Bond,
Mistérios com Sherlock Holmes.
Barcelona com Javier,
Cancun com Alfonso Herrera.
Ventos com Gable,
Um adeus a Humphrey Bogart,
Análises com Michael Fassbender,
Nas garras de Wolverine,
Um abraço no Sr.Darcy,
E um beijo (para iniciar a noite) no Tom Hardy.

O filme termina.
Ficção...
Fica a ação,
Fixa
Na imaginação!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Janelas


Às vezes parece
Que a única coisa que nos é dada
São as lágrimas...
Mas não, não são!
Temos mais,
Mais do que supomos,
Mais do que percebemos,
Mesmo quando aparentemente
Perdemos!

A janela aberta deixa
O Sol entrar sem cerimônia
Anunciando...
O que por vezes presenciamos,
Mas esquecemos:
É dia! Mais um dia!
Despertos,
Agora com os olhos abertos...
Podemos vislumbrar
O que sempre estivera presente,
Mesmo quando nos fazemos ausentes...
O viver!

Brancas nuvens,
Céu azul,
Cores que levam para longe
Tantas dores.
E mesmo quando o dia é cinza,
Sempre pode haver a alegria
Porque as janelas estão abertas
E cada novo dia é sempre a promessa
De um outro começo!





segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Primitivamente



Barba...barbado
Bárbaro!
Pelos na face que deixam
O seu recado:
Testosterona!
Do primitivo ao executivo,
Delicioso legado.

Ainda que arranhe a pele,
Faço gosto!
Gosto!
Com o “Z” do Zorro,
Selando o encontro.

Barbárie...
É o arrepio
De quente e não de frio,
Da batalha entre a barba
E o pescoço.
Entre o suspiro e o alvoroço
Do atrito entre os rostos!

Homens cultivam-na e
Perturbam-nos...

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O sono de Adônis


A inspiração
Veio na imagem:
Dorso, pescoço!
Como se a mim fosse
Possível novamente
O vislumbre do teu corpo.

E, enquanto você dormia,
Meus olhos passeavam,
Minhas mãos tateavam...
Tuas costas largas, teu cabelo,
Tua pele, teu cheiro!
Narinas impregnadas
Perfume...embriagada!

Aquele momento
Esboçado nessa visão:
Uma fresta de luz
No quarto...adormecido,
Nu, vencido... entregue,
Ao alcance...dos desejos,
Dos beijos,
Dos lampejos...
No teu sono do qual
Eu não queria acordar!





quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Chama



Em dias de adeus
Todas as marcas do tempo
Ganham força!

E as mais fortes
São aquelas
Que ficaram nas entrelinhas,
No silêncio,
Nas palavras e ações
Não ditas.

Deixar ir
Doi!
O instante do "não"...
Não mais,
Sem outro dia,
Outra oportunidade,
Outra hora...
Doi demais.

O Inevitável...

Porém, há sempre poréns...ainda bem!
Podemos salvaguardar para nós
Todos aqueles rompantes,
Momentos irracionais,
Onde nosso coração tomou a frente
E nos fez saltar...valentes!

Arriscar o olhar,
Um abraço,
Um eu te amo a tanto contido,
O perdão que nós reprimimos,
Um obrigado,
Uma briga,
Uma lágrima,
Abrir as feridas,
O estender a mão...
Nada disso será em vão,
Porque foi feito!

Traços de vida...
Obra sempre em construção,
Nunca inacabada...mas emoldurada
Por histórias em transição.
E quando se fazem os riscos,
Há risco de deixarmos
Um pouco de nós em cores,
Dores,
Lembranças,
Amores...
No que fomos capazes
De entregar,
No que nos permitimos
Iluminar,
Pela chama
Que queimamos...antes
Do apagar.



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Entre mãos




A noite sempre é um momento interessante, meio “entregante”...com a falta de luz a gente meio que se desperta e se mostra mais. E com ela não seria diferente. Vestido de flores, cabelos soltos e batom vermelho, sonhos sobre saltos...saltavam aos olhos.
Havia uma hipnose no ar, uma embriaguez permitida, uma dose de vontade que a cada gole a deixavam mais perto daquela por trás de seu olhar. O velho bar, com velhas músicas, mas por maior que fosse a familiaridade ela era nova ali, e, tudo o que almejava era o encontro, só mais um...última prova, por aprova a pitada nova de seu sal. Olhava a porta, a cada meia hora...nada! E então, ela esqueceu. Resolveu dançar. Levantou do lugar, fechou os olhos e começou a flutuar. Flores em festa! No seu corpo o vestido agora era a primavera, cabelo entrelaçado por suas mãos( ora no corpo ora no ar), céu da boca estrelado. Perfume no ar, mas não é sempre assim quando uma flor começa a desabrochar? Abriam-se botões no vestido, sorriso, olhar, e, tudo por causa do azul, das pedras... e da guitarra que não os deixava de tocar. Todos podiam pensar: enlouquecera! Pouco importava. Ela encontrou o que tinha ido buscar...a alegria sempre estivera nas mãos...nas suas e em nenhum outro lugar.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Passarinhando




Eu vi!
Vi um homem de bicicleta,
Que subindo a rua
Assoviava assim:
Fufu..fufufuuuuu!
Chapéu,
Sapatos,
Calça de sair,
Alegria -gigante...elegante!

Não sei se era o Sol,
Se era o vento,
Se era a pedalada,
Ou seu destino,
Mas a subida não o desmotivava.

Fifufufifufi...
Sorrindo...

Cantarolando sozinho.
Não sei aonde ia,
Mas quem começa um dia assim
É quase passarinho,
Pedalando ou andando
Faz seu caminho...voando!


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Com-tempo-ação...




Resignação,
Contemplação,
Meditação,
Na quietude
Pode haver ação?
Provavelmente, e contrariando
Muitos... talvez, não exista
Um lugar onde o sossego
Se faça presente.
No futuro? Nos sonhos?
Certamente, não dentro da gente.

Nossos desejos gritam,
Nossas inquietações são insones,
Nossos amores famintos,
Há milhares em nós!

Tantos nós... amarrando nossas vidas.

Damos as cordas,
A música,
As notas,
E o silêncio...é sempre cheio de sons...
Ecoando...
A trajetória,
A rota...a paixão...
No fim ou no começo,
Sob luzes ou na escuridão,
Movemo-nos...ação!



terça-feira, 21 de agosto de 2012

Brave





A diferença entre dizer um sim ou um não,
Encontra-se próximo ...no talvez!
Aquele caminho fantástico,
Misterioso, enigmático,
Cheio de histórias possíveis,
E no qual poderíamos estar.

Um sim pode levar ao Sol,
Um não a Lua,
Todavia, todas as caminhadas são profundas.
Se jogar a moeda
A mão ainda assim é sua.

Todas as respostas
Nos empurram inevitavelmente
Para algum lugar.
E então, vem à pergunta:
Será que é aqui que eu deveria estar?

Corajoso...
É aquele que não teme as escolhas que se dá.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Fatum







Tenho um rio
Que flui em mim...
Sentimentos!
Sem represas, nem reservas,
Que não temem enfrentar as pedras.

Tenho ventos
Que sopram sempre...
Pensamentos!
Ora quentes como uma brisa,
Ora frios como o minuano.
Abro as velas e vou navegando.

Tenho uma chama
Que não se apaga...
Fogo nos olhos,
Braseiro no peito,
Ardendo, vivendo,
Queimando... sem fim.

Mesmo transbordando em lágrimas,
Levando tudo com o vendaval,
Incendiando a mim,
Não sei ser de outro jeito
A não ser assim.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Recolhendo





Tem certos momentos,
Certos episódios
Que promovem o repensar...
Será que as escolhas foram certas?
Lavramos direito nossa terra?
Foram tantas sementes!
Não seria justo se de repente
Não víssemos seu brotar,
Alborescer,
Provar dos frutos...os colher.

Tem certos momentos
Que vem um medo!
Uma mescla de sentimentos,
Porque a vida é o que a gente planta.
E o que plantamos?
A mim? Basta um jardim.
Onde repousassem meus sonhos,
Amores-perfeitos,
Folhas ao vento...
Onde eu possa escrever, florescer.

Tem certos momentos
Em que é preciso
Recolher com todo o cuidado
O coração.
Flor das mais delicadas,
E que não deve ser pisada,
Só plantada e semeada
Por cuidadosas mãos.

Tem certos momentos...
E há o momento...
Em que precisamos
Apenas regar de paciência
Todas as nossas espera-nças!


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Fogo





Procurei uma palavra
Para rimar você comigo...
Cuidado?
Inflamável?
Perigo!

Não...não romance,
Só um lance.
Um soprar a brasa,
Alimentar o fogo
Em um palheiro todo!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Entre mim e eu





Arrependimentos?
Claro, os tenho.
Não muitos, mas existem.
Fragmentos mal escritos,
Páginas desnecessárias.
Todavia, não foram arrancadas,
Ainda que mal traçadas.

Se me entreguei?
Sim, e, sem reservas.
Sempre...sempre sincera,
Tanto que deveras
Causei espanto.
Porém, só meu foi o pranto.

Amor?
Aposto. Não desisto!
Insisto, resisto...
Não deixo de acreditar,
Amo tanto...tanto,
Não sei viver sem amar.

Agora?
Momento exato
Para contar novas histórias,
Novos sonhos para às próximas horas.
E novos encontros comigo,
E de saber que essa...
"Estou" eu
Sempre reescrevendo...
Meu livro.





domingo, 6 de maio de 2012

Caminhada


Caminho por meus pensamentos,
Estradas tão sinuosas,
Às vezes de chão,
Outras de rocha.
Há algumas placas:
Direção ---------->
Sim...Não,
Siga...Volte,
Perigo!
Cuidado com a falta de atenção!

Mesmo que me perca neles,
Encontro o rumo de volta,
Ou posso traçar outras rotas.
Caminhos que me levam,
Que me fazem leve
E que me permitem
Seguir ...

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Quem fui? Quem sou?





O tempo passou tão rápido!
Olho para mim criança
E hoje o que sou?
Tantos sonhos...
Muitos ficaram pelo caminho
E outros foram sendo cultivados,
Plantados em seu lugar.

A gente se deixa ao crescer.
Uma parte...
A outra fica!
Saudade das tardes no sofá,
De brincar de ser grande
Sem se preocupar.
Do primeiro dia de aula,
Do caminho à frente
Que parecia que ia demorar
Prá chegar.

A infância não tem peso,
O amor cultivado ali
Não tem medo de ser...amor!
O abraço dado
É entrega.
O sorriso aberto
É sincero.

Uma parte...
Ainda fica,
Ao menos permita!
O tempo passou...
E o que sou?
Uma criança grande,
Uma adulta pequena,
Ainda tenho muito que aprender,
Sonhar, plantar, colher...e quem sabe
Crescer!


sábado, 21 de abril de 2012

Lar




Não...minhas tardes não são todas iguais!
Sentada embaixo da figueira,
Paro, penso,
Não há lugar para lamento.

O sol que toca minha face,
O vento que acaricia meus cabelos,
Coroam sempre meus momentos.
Meu tempo!

Tudo é sempre tão único!
Cada precioso segundo.
Imagens simples,
Extensões do meu amor.

E minhas tardes,
Minhas noites
E manhãs
São de lá...
Onde sou um peixinho em seu mar...lar!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Despedida


Cansei de te procurar atrás das portas!
Já, não importa.
Joguei as chaves antigas fora,
A ferrugem queima minhas retinas.
Abro a janela,
Procuro por luz!

A um minuto,
Somente a um minuto me tinhas!
Nesse minuto não mais.
Alguns momentos passados
Não florescem no futuro
São apenas folhas levadas pelo vento...

O cheiro da terra molhada
Vem depois da chuva.
Noites depois dos dias,
Sol e depois a Lua
E minha vida segue...
Desatrelada da tua.

sábado, 14 de abril de 2012

Início em fim


O início é sempre tão bonito!
O nascer,
O desabrochar.
Todos os inícios
Sempre nos afetam,
Marcam,
Demarcam,
Os antes de tantos depois.

O fim é sempre tão triste!
O adeus,
O murchar.
Todos os fins
Sempre nos alertam,
Machucam,
Perturbam,
Os marcos de caminhos
Que não podemos voltar.

Antes do fim
Porém,
Convivemos
Com tantos talvez,
Feitos,
E, agoras!
Tristezas e felicidades
Batendo a nossa porta.

Melhor o meio (quem sabe?),
O recheio!
Que preenche
E que torna o início tão especial
E o fim tão inaceitável.
É nesse espaço
Que as lembranças ficam
E onde a vida se faz eterna.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Meu caminho


A via que escolhi
Me trouxe até aqui!
Caminho simples
De flores,
Dores,
Ventos,
Amores...
Vivi e vivo...assim.

Vi a mim,
Havia você,
Houve um nós?
Não sei. Sim?
Ou apenas...talvez.
O que importa,
Não é somente a letra da música
Mas a escolha das notas.

Sei que continuo ávida,
Impávida,
Outras vezes amedrontada,
Mas, sobretudo apaixonada.
Minhas ruelas,
Minhas cordas,
Tua presença
E mesmo a ausência
Fazem de mim
Quem sou.

Não há vida sem entrega,
Não a via sem meta,
E não existe “eu”
Sem amor.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Cultivo



Plantei uma flor!
Textura macia,
Cor –de-céu,
Odor da manhã,
Raízes profundas
Folhas que tocam as estrelas e a Lua.

Jardim sem portão.
Terra? Coração!

Minha flor,
Minha delicadeza!
Cultivada sem medo,
Mas quando enfrenta
Tempestades
Des-pe-ta-la...

Nosso bem-me-quer
É tão somente querer bem!
E por mais que as estações mudem,
Ela não muda,
Torna-se muda
Para voltar a nascer.

domingo, 4 de março de 2012

Infinita inquietude



E nadamos em meio ao cardume,
E brilhamos na constelação.
E escorremos entre os dedos,
Somos muitos, mas somos grão!

E, ainda que não toquemos no tempo
Ele nos toca mesmo sem permissão!
É abusado e intransigente
É caprichoso e majestoso.

E então...
Ele nos leva...cada passo um laço,
Que nos ata a um destino.
Na corda bamba
Busca eterna do equilíbrio.
Que se vem, vem bem,
Mas se não chega mal não tem.
A gente cai...mas se reergue.
A gente sofre...mas volta a sorrir.

E a gente nada,
E a gente brilha,
E a gente é pequeno, mas se atreve
Na delicada ousadia de viver!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ardendo


Na água fria fui gelar
Meu corpo.
No vendaval fui secar
Meus cabelos.
Perto do fogo fui chamuscar
Meus desejos.
Na taça de vinho fui afogar
Meus segredos.
Pois, o teu toque
Provoca em mim
Total entrega em des-espero.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Canção


Sabe aquela canção de amor?
Aquela que nunca pude te dedicar?
Ela toca em mim...sempre...
E jamais deixará de tocar!
Porque não pertence a ti
E a ninguém,
Só ao amor...que carrego
No peito como uma grande
Cicatriz...raiz!
É ele quem me lembra
Porque estou aqui
E ali...
E al-ma(r).

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Composição


Recordo...
Acordo
Tocando nas cordas
Mesmas notas,
Mas não mais a mesma canção!

Recordo...
Recorto
Uma lembrança,
Na esperança
De que traga o momento
De volta prá mim.

Re-acordo-ações
E fito nitidamente
Uma pessoa que já não sou!
Amostras ingênuas
E genuínas
Do quanto o tempo passou.

Na recordação
A prosa,
Nas memórias
As notas,
No meu coração
Toda a poesia
Que foi, e, ainda,
Precisa ser vivida!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ao vento


Sou como o balanço,
A vela do barco,
As pás do moinho,
As folhas das árvores,
As asas abertas dos passarinhos...
Basta um pouco de vento
Tocando em mim que abro um sorriso!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Janela


Quase fim do dia,
E ele ia...
Porém, antes tal qual criança
Sorria.

E olhando ao redor
Se percebia
Que o cair da tarde
É um pouco noite
Enquanto ainda é dia.

Telhados pintados
Privilegiados!
Ao findar o dia ficam dourados.
É necessário olhar para o alto.
Sábios são os gatos!

O Sol maroto
Acena,
E em cena
Vai para trás da cortina...
Estrelada, bordada.

E então com as retinas
Enternecidas e aquecidas,
Observamos a luz
Pela eterna adormecida
Que acorda para nos fazer sonhar!

Dia e Noite,
Noite e dia,
Cultivamos sonhos
Através de luzes distintas.
E ele diz: acorda!
E ela diz: sonha!
E ambos dizem: Desperta,
Abra a janela!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Pranto


Quero te esquecer imediatamente,
É necessário e urgente
Mas quero eu que “tu” te lembres.
Quero me afastar com tanto força,
Quanto outrora à boca se alimentava de ti.
Quero e é sincero,
Juro que quero!

E a cena volta!
Lembro de mim ali parada a porta,
Esperando em desespero,
Desejando e temendo,
O ardor foi maior que o medo.
Certos degraus não podem ser descidos!

E aquele não saber o que fazer,
E o querer tudo agora rodam
São passos no escuro.
O que quero vela o que queria,
Lamenta, esperando a tormenta
Fazer-se calmaria!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Essência


Uma semente
Raízes,
Troncos
Galhos,
Árvore...arvorando o nosso olhar.

Uma brisa,
Leve,
Quente,
“Dolce far niente”,
Ventilando...possibilitando o respirar.

Um ninho,
Vôo,
Asas abertas,
Passarinho,
Arriscando...o libertar.

Cada um faz sua força
Raízes,
Limites,
Essência...na vivência!
Na busca por "ser”!

Se tenho raízes,
Se sopro moinhos,
Se caí do ninho,
São minhas tentativas
E de mais ninguém!