quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Chama



Em dias de adeus
Todas as marcas do tempo
Ganham força!

E as mais fortes
São aquelas
Que ficaram nas entrelinhas,
No silêncio,
Nas palavras e ações
Não ditas.

Deixar ir
Doi!
O instante do "não"...
Não mais,
Sem outro dia,
Outra oportunidade,
Outra hora...
Doi demais.

O Inevitável...

Porém, há sempre poréns...ainda bem!
Podemos salvaguardar para nós
Todos aqueles rompantes,
Momentos irracionais,
Onde nosso coração tomou a frente
E nos fez saltar...valentes!

Arriscar o olhar,
Um abraço,
Um eu te amo a tanto contido,
O perdão que nós reprimimos,
Um obrigado,
Uma briga,
Uma lágrima,
Abrir as feridas,
O estender a mão...
Nada disso será em vão,
Porque foi feito!

Traços de vida...
Obra sempre em construção,
Nunca inacabada...mas emoldurada
Por histórias em transição.
E quando se fazem os riscos,
Há risco de deixarmos
Um pouco de nós em cores,
Dores,
Lembranças,
Amores...
No que fomos capazes
De entregar,
No que nos permitimos
Iluminar,
Pela chama
Que queimamos...antes
Do apagar.



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