quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Janelas


Às vezes parece
Que a única coisa que nos é dada
São as lágrimas...
Mas não, não são!
Temos mais,
Mais do que supomos,
Mais do que percebemos,
Mesmo quando aparentemente
Perdemos!

A janela aberta deixa
O Sol entrar sem cerimônia
Anunciando...
O que por vezes presenciamos,
Mas esquecemos:
É dia! Mais um dia!
Despertos,
Agora com os olhos abertos...
Podemos vislumbrar
O que sempre estivera presente,
Mesmo quando nos fazemos ausentes...
O viver!

Brancas nuvens,
Céu azul,
Cores que levam para longe
Tantas dores.
E mesmo quando o dia é cinza,
Sempre pode haver a alegria
Porque as janelas estão abertas
E cada novo dia é sempre a promessa
De um outro começo!





segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Primitivamente



Barba...barbado
Bárbaro!
Pelos na face que deixam
O seu recado:
Testosterona!
Do primitivo ao executivo,
Delicioso legado.

Ainda que arranhe a pele,
Faço gosto!
Gosto!
Com o “Z” do Zorro,
Selando o encontro.

Barbárie...
É o arrepio
De quente e não de frio,
Da batalha entre a barba
E o pescoço.
Entre o suspiro e o alvoroço
Do atrito entre os rostos!

Homens cultivam-na e
Perturbam-nos...

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O sono de Adônis


A inspiração
Veio na imagem:
Dorso, pescoço!
Como se a mim fosse
Possível novamente
O vislumbre do teu corpo.

E, enquanto você dormia,
Meus olhos passeavam,
Minhas mãos tateavam...
Tuas costas largas, teu cabelo,
Tua pele, teu cheiro!
Narinas impregnadas
Perfume...embriagada!

Aquele momento
Esboçado nessa visão:
Uma fresta de luz
No quarto...adormecido,
Nu, vencido... entregue,
Ao alcance...dos desejos,
Dos beijos,
Dos lampejos...
No teu sono do qual
Eu não queria acordar!